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quinta-feira , 21 novembro 2024
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Denúncia: Nepotismo, farra de diárias e uso exclusivo de espaços na FUNCER em Rondônia

Em uma investigação detalhada conduzida por nossa equipe, diversas irregularidades foram identificadas na gestão da FUNCER (Fundação Cultural de Rondônia), envolvendo desde a contratação de pessoal até o uso discriminatório dos espaços culturais.

1 – PROCESSO SELETIVO QUESTIONÁVEL

Documentos através do portal de transparência revelam um processo seletivo para a contratação de 15 estagiários de diversas áreas, conduzido de maneira controversa. Apenas candidatos que já participavam de um grupo de dança e teatro liderado pelo presidente da FUNCER foram chamados para entrevistas e, eventualmente, selecionados. Este fato levanta suspeitas de favorecimento, uma vez que os demais candidatos não tiveram acesso às informações do processo seletivo nem aos critérios de avaliação.

2 – NEPOTISMO EM CARGOS CHAVE

A gestão atual nomeou várias pessoas com laços familiares ou pessoais em posições de destaque dentro da FUNCER. Francilene Sousa Teixeira, cunhada do presidente, foi nomeada administradora da Biblioteca Dr. José Pontes Pinto; sua filha, Nathalya Caroline Teixeira Felix, e Elizama Áquila Mendes Dantas, comadre do presidente, foram designadas assessoras. Além delas, a atual namorada do presidente, Pétala Rosalina da Silva e Castro, também ocupa um cargo de assessora.

3 – USO EXCLUSIVO DO TEATRO PARA ALIADOS

Grupos externos enfrentam dificuldades para acessar o complexo teatral para ensaios ou eventos. Enquanto isso, o grupo de dança e teatro liderado pelo presidente usufrui do espaço integralmente aos finais de semana, muitas vezes sem custo algum, bloqueando outras iniciativas culturais que não têm o mesmo privilégio e são obrigados a pagar altas taxas de aluguel.

4 – BARREIRAS NAS EXIBIÇÕES DE ESPETÁCULOS

Várias tentativas de grupos culturais em estabelecer parcerias para utilização dos espaços da FUNCER para exibir peças e espetáculos têm sido vetadas. A preferência é claramente dada a grupos de dança e teatro amigos ou familiares do presidente, que conseguem acessar esses locais gratuitamente ou com custos mínimos.

5 – FALTA DE ACESSO AO PRESIDENTE

Grupos culturais que procuram dialogar ou resolver questões com o presidente se deparam com uma ausência constante do mesmo em seu gabinete, além de dificuldades em agendar reuniões, o que sugere uma negligência em lidar com as demandas da comunidade artística.

6 – VIAGENS CUSTEADAS PARA GRUPOS SELECIONADOS

A FUNCER também está sendo acusada de financiar viagens para o estado do Acre apenas para membros “familiares” do grupo de dança e teatro do presidente, o que configura um uso questionável dos recursos públicos, já que essas diárias pagas ultrapassam os R$40 mil. Conforme consulta pública ao portal de transparência, o presidente recebeu o valor de $32.005,60 de diárias no ano de 2023.

Essas práticas levantam sérias questões sobre a gestão da FUNCER e indicam a necessidade urgente de uma investigação mais aprofundada e medidas corretivas para assegurar que a Fundação cumpra sua missão de promover e apoiar a cultura de maneira justa e transparente.

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