O jovem influenciador potiguar Ivan Baron foi alvo de um ataque capacitista do humorista Léo Lins, que debochou de sua deficiência física. Em uma nota de repúdio, Baron classificou as falas como atos criminosos que não devem mais ser tolerados.
As ofensas aconteceram em um show de stand-up comedy de Lins, em que também zombou de pessoas com hidrocefalia.
“Olha como é que nem a militância se entende, porque um tempo atrás veio um processo grande que eu tô passando, que quem foi o responsável por isso foi um militante lá que foi o que subiu a rampa com Lula [neste momento, Léo Lins imita uma pessoa com paralisia cerebral e faz gestos estereotipados]. Quando o Lula tomou posse e botou os Power Rangers. Subiu o azul, o vermelho, o índio, o rosa. Subiu um de cada… P####. Um cachorro. Era o Village People subindo a rampa”, disse.
O potiguar reagiu, elencando o que sentiu ao assistir o vídeo.
“Foi impossível não sofrer, relembrando vários gatilhos que precisei passar durante todo o processo de aceitação da minha deficiência (paralisia cerebral) e me senti, mais uma vez, humilhado por uma pessoa que não teme as consequências que a suposta ‘piadinha’ pode causar na vida do outro”, afirmou.
Baron ainda se questionou até quando as pessoas que não pertencem a um padrão de linguagem e expressão corporal terão que sofrer este tipo de violência.
“Mais grave ainda é ele ser aplaudido por isso e ter a chance de monetizar seu ‘trabalho’”, criticou.
Hidrocefalia
No mesmo espetáculo, Lins fez outras “piadas” envolvendo pessoas com hidrocefalia, dando a entender que os homens e mulheres com esta condição enchem a cabeça com água da pia para aguentar o calor.
“É CRUELDADE FALAR ISSO , FALTA DE RESPEITO TOTAL COM O INDIVÍDUO E SUA FAMÍLIA”, escreveu o influenciador potiguar, em caixa alta.
“Esses atos são criminosos e não podem mais ser tolerados nos tempos em que vivemos, principalmente quando nos propomos a lutar por uma sociedade mais inclusiva e aberta para diversidade”, continuou.
Ivan disse também que tomará medidas judiciais para que haja justiça e o combate à impunidade.
“Ações judiciais já estão sendo tomadas porque não dá mais para tratar como algo que não aconteceu, mas existe sim e grita por justiça, acredito que a impunidade não pode se sobressair, para acabarmos de vez com o preconceito e a crueldade disfarçados de humor”, apontou.
Fonte: Agência Saiba Mais