Desde o dia 15 de abril, segundo um relatório das Nações Unidas, pelo menos 676 pessoas foram mortas e 5.576 ficaram feridas desde a deflagração dos conflitos entre unidades militares leais ao general Abdel Fattah al-Burhan e o paramilitar Mohamed Hamdan Dagalo, da RSF.
O Sudão foi incluído na lista dos países que mais perseguem os cristãos no mundo; mas, curiosamente, o país africano foi removido da lista de países de preocupação particular (CPC) do Departamento de Estado dos EUA, em 2019. Esta lista do CPC elenca as nações que toleram ou aprovam flagrantes violações de liberdade religiosa. No Sudão, país majoritariamente muçulmano, a liberdade religiosa foi reduzida depois de um golpe militar em 2021.
No país africano que sofre de uma instabilidade política e social crônica, o golpe trouxe de volta temores de repressão em função da implementação da lei islâmica. A influência da mentalidade islâmica na política do país remonta ao presidente al-Bashir, que governou o Sudão durante 30 anos. Os debates sobre a reforma da força de segurança em prol das negociações de um novo governo de transição foram o estopim para a violência recente nas últimas semanas no país.
Autor/Fonte: Revista Oeste