Mais um feriado se aproxima(08 de junho). OPA! Mais um dia de descanso, vou dormir até mais tarde.
Mas se alguém lhe perguntasse: o Corpus Cristhi é uma festa cristâ? Onde na Bíblia fala dela? É errado ou certo um evangélico participar? E aí o que você responderia?
Qual a origem desta festa?
O governo brasileiro extinguiu a proibição do trabalho em grande parte dos dias considerados santos pelos católicos. Entretanto, um dos feriados religiosos que ainda permanecem de pé é o dia em que se comemora a festa de Corpus Christi (expressão latina que significa “Corpo de Cristo”).
A festa é celebrada anualmente, mas não tem um dia fixo, ou seja, sua data é móvel e deve sempre ocorrer numa quinta-feira
após o domingo da Santíssima Trindade.
Neste ano, será comemorada em 10 de junho. Na realidade, a observação da festa deveria ocorrer na quinta-feira da semana santa, o dia da última Ceia, mas foi transferida para outra data para que não fosse prejudicada por causa das celebrações em torno da cruz e da morte de Jesus Cristo, na sexta-feira santa.
Origem das comemorações
Tudo começou com a religiosa Juliana de Cornellon, nascida na Bélgica, em 1193. Segundo alegou, teve insistentes visões da Virgem Maria ordenando-lhe a realização de uma grandiosa festa. Juliana (mais tarde Santa Juliana) afirmava que a festa
seria instituída para honrar a presença real de Jesus na hóstia, ou seja, o corpo místico de Jesus na Santíssima Eucaristia.
Ainda quando era bispo, o papa Urbano IV teve conhecimento dessas visões e resolveu estendê-la à Igreja Universal, o que
então já era uma verdadeira festa. Pela bula“ publicada em 11 de agosto de 1264, Urbano IV a consagrou em todo o mundo, com uma finalidade tríplice:
1️⃣ Prestar as mais excelsas honras a Jesus Cristo
2️⃣Pedir perdão a Jesus Cristo pelos ultrajes cometidos pelos ateus
3️⃣Protestar contra as heresias dos que negavam a presença de Deus na hóstia consagrada
No Brasil
No Brasil, a festa de Corpus Christi chegou com os colonizadores portugueses e espanhóis. Na época colonial, a festa tinha uma conotação político-religiosa. É que dias antes das procissões, as câmaras municipais exigiam que as casas de moradia e de comércio fossem enfeitadas com folhas e flores. Na época, quando o Brasil ainda era uma colônia, participavam da procissão membros de todas as classes, incluindo os escravos, os leigos das ordens terceiras e os militares. Durante muitos anos, o entrosamento do povo com o governo, e vice-versa, foi praticamente completo. Um exemplo que comprova esse fato
ocorreu em 16 de junho de 1808, quando D. João VI acompanhou a primeira procissão de Corpus Christi, realizada no Rio de Janeiro.
As procissões
O que marca a festade Corpus Christi são as procissões, quando ocorrem as ornamentações das ruas com tapetes feitos de vários tipos de materiais, como papel, papelão, latinhas de bebidas, serragem colorida, isopor, etc. Desenhos são elaborados nessa ornamentação com as figuras de Jesus, do cálice da Ceia e da Virgem Maria. Utilizam-se toneladas de materiais para formar os tapetes vistosos e admirados pelos que acompanham as procissões.
O mais importante O momento mais solene da festividade de Corpus Christi é quando o hostiário, onde estão depositadas as hóstias ainda não consagradas, é conduzido nas procissões por um líder da alta hierarquia católica. No momento em que o hostiário passa, um silêncio profundo é observado por todos os presentes e, de uma extremidade a outra, toca-se a sineta que anuncia a passagem do cortejo. As reações das pessoas são as mais variadas. Algumas se comovem ao extremo e choram, outras se ajoelham diante do hostiário. De ponto em ponto, há uma parada, quando, então, se entoam cânticos tradicionais. Segundo a liderança romana, as ornamentações são feitas para que o Corpo de Cristo possa passar por um local digno, para ser visto por todas as pessoas. Representa uma manifestação pública da fé na presença real de Jesus Cristo na Eucaristia.
Eucaristia
Ensinando sobre a Eucaristia, diz a Igreja Católica:
“A Eucaristia é um Sacramento que, pela admirável conversão de toda a substância do pão no Corpo de Jesus Cristo, e de toda a substância do vinho no seu precioso sangue, contém verdadeira, real e substancialmente o Corpo, o Sangue, a Alma e a Divindade do mesmo Jesus Cristo Nosso Senhor, debaixo das espécies de pão e de vinho, para ser nosso alimento espiritual”. (Catecismo, Artigo 33, ítens 1333,1374, 1375 entre outros do Capítulo Primeiro – Os Sacramentos da Iniciação Cristã)
Ensina, ainda, que na Eucaristia está o mesmo Jesus Cristo que se encontra no céu. Esclarece também que essa mudança,
conhecida como transubstanciação, “ocorre no ato em que o sacerdote, na santa missa, pronuncia as palavras de onsagração:
‘Isto é o meu Corpo; este é o meu sangue’”.
O catecismo católico traz uma pergunta com relação ao Sacramento da Eucaristia nos seguintes termos: “Deve-se adorar a Eucaristia?”. E responde:
“A Eucaristia deve ser adorada por todos, porque ela contém verdadeira, real e substancialmente o mesmo Jesus Cristo Nosso Senhor”. (“Terceiro Catecismo de Doutrina Cristã”, Editora Vera Cruz Ltda., 1a edição, agosto de 1976, resposta à pergunta 619)
O que diz a Bíblia?
Os católicos procuram justificar a festa de Corpus Christi com a Bíblia citando partes dela que supostamente dão base para o
dogma da Eucaristia. Os textos mais freqüentemente são os de Mateus 26.26-29; Lucas 22.14-20 e João 6.53-56.
Essa doutrina é contrária ao bom senso e ao testemunho dos sentidos: o bom senso não pode admitir que o pão e o vinho
oferecidos pelo Senhor aos seus discípulos na Ceia fossem a sua própria carne e o seu próprio sangue, ao mesmo tempo em que permanecia em pé diante deles vivo, em carne e osso. É manifesto que Jesus, segundo seu costume, empregou uma
linguagem simbólica, que queria dizer:
“Este pão que parto representa o meu corpo que vai ser partido por vossos pecados; o vinho neste cálice representa o meu sangue, que vai ser derramado para apagar os vossos pecados”.
Vamos fazer um treino de pensamento e usando o bom senso, que compreenda no sentido literal estas expressões simbólicas do Salvador. A razão humana não pode admitir tampouco o pensamento de que o corpo de Jesus, tal qual se encontra no céu (Lc 24.39-43; Fp 3.20-21), esteja nos elementos da Ceia.
Biblicamente:
- A Ceia é uma ordenança e não uma Eucaristia
- Era empregado o pão e não a hóstia;
- É um memorial, como se lê em 1Coríntios 11.25,26, e sua simbologia está em conformidade com o método de ensinamento do Senhor Jesus, que usou muitas palavras de forma figurada: “Eu sou a luz do mundo” (Jo 8.12); “Eu sou a porta” (Jo 10.9); “Eu sou a videira verdadeira” (Jo 15.1). Quando Jesus mencionou na última Ceia os elementos “pão” e “vinho”, não deu qualquer motivo para se crer na transubstanciação.
Uma coisa é um católico achar que não é, outra coisa é o que a doutrina da denominação ensina e crê.
Tenho colegas católicos sinceros que me dizem: eu não creio assim. Daí eu pergunto : Você participa da missa, da Eucaristia etc. Ele diz que sim. Então faço a pergunta: Como você faz algo em que não crê?
Na realidade, assim como a MAIORIA dos evangélicos não sabem as doutrinas de suas denominações , isto também não é diferente entre os católicos apóstólicos Romanos, infelizmente.
Autor: Pr Natanael Rinaldi(Adptado por Roni Evangelista da Silva-Thd e M. em Teologia)
Fonte: CACP
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