Avalie o nosso conteúdo:
Houve um erro fazendo sua requisição, por favor tente novamente!
Sua avaliação é fundamental para que a gente continue melhorando o Portal Pebmed
O Portal PEBMED é destinado para médicos e demais profissionais de saúde. Nossos conteúdos informam panoramas recentes da medicina.
Caso tenha interesse em divulgar seu currículo na internet, se conectar com pacientes e aumentar seus diferenciais, crie um perfil gratuito no AgendarConsulta, o site parceiro da PEBMED.
Caso tenha interesse em mais conteúdos e cursos voltados para residência médica, conheça a Medcel, o site parceiro da PEBMED
Controlar a pressão arterial de pacientes com doença renal crônica é tarefa complexa. O uso de determinados medicamentos é reforçado pela prática clínica, porém sem comprovação estatística. Exemplo disso é o uso de diuréticos tiazídicos (incluindo também os diuréticos semelhantes aos tiazídicos nessa classe), como a Clortalidona, que reduz morbimortalidade cardiovascular. Entretanto, a eficácia e segurança dessa medicação têm poucos estudos em relação aos pacientes com doença renal crônica avançada.
Estudos menos robustos sugerem a capacidade do controle da pressão arterial em doentes renais crônicos avançados e a redução da albuminúria quando do uso da Clortalidona, evidenciando seu efeito cardio e nefroprotetor. Em dezembro de 2021 foi publicado um ensaio clínico randomizado para investigação desses efeitos no New England Journal of Medicine.
Leia também: Teste rápido para diagnóstico de doença renal crônica está a caminho
Desenho do estudo
Trata-se de ensaio clínico randomizado, duplo-cego, onde os pacientes com Doença renal crônica avançada (estágio 4) e com Hipertensão arterial mal controlada foram divididos em dois grupos. O grupo intervenção recebeu Clortalidona (12,5 mg/dia, com aumento a cada quatro semanas, até a dose máxima de 50 mg/dia) e o grupo controle recebeu placebo. O desfecho primário foi a mudança na pressão arterial sistólica ambulatorial desde as primeiras 24 horas até 12 semanas após o início da medicação. Os desfechos secundários foram: relação albumina/creatinina urinárias, nível sérico de n-terminal pró-peptídeo natriurético tipo B, níveis plasmáticos de renina e aldosterona e volume corporal total. A segurança também foi avaliada.
Resultados
Um total de 160 pacientes foram randomizados (81 no grupo intervenção e 79 no grupo controle), dos quais 121 (76%) tinham diabetes mellitus e 96 (60%) estavam recebendo diuréticos de alça. A média da taxa de filtração glomerular estimada foi de 23,2 ml/min/1,73m² de superfície corporal (± 4,2 desvio-padrão ) e o número médio de medicamentos anti-hipertensivos prescritos foi de 3,4 (± 1,4 DP). A pressão arterial sistólica ambulatorial média de 24 horas foi de 142,6 mmHg (± 8,1 DP) no grupo Clortalidona e 140,1 mmHg (± 8,1 DP) no grupo placebo.
A alteração ajustada da pressão arterial sistólica do início do estudo até 12 semanas após foi de -11,0 mmHg (IC95%, -13,9 a -8,1) no grupo Clortalidona e -0,5 mmHg (IC95%,−3,5 a 2,5) no grupo placebo. A diferença entre os grupos foi de -10,5 mmHg (IC95%, -14,6 a -6,4; p
Mensagem prática
A conclusão do estudo é que “entre os pacientes com Doença renal crônica avançada e hipertensão, o uso de Clortalidona melhorou o controle da pressão arterial em 12 semanas quando comparado ao placebo”.
Saiba mais: Hipertensão em adolescentes com doença renal crônica: usar definição de adultos ou de crianças?
Alguns detalhes que chamam à atenção: a menor dose de Clortalidona garantiu melhor efeito terapêutico com menor ocorrência de efeitos colateriais, como já foi apontado em relação à Hidroclorotiazida; o estudo não contou com uma porção representativa de mulheres e hispânicos; as capacidades de nefroproteção e cardioproteção da Clortalidona seriam extremamente benéficas aos pacientes com doença renal crônica.
Autor(a):
Médico formado pela Faciplac, Gama-DF ⦁ Residência em Clínica Médica pelo Hospital de Base do Distrito Federal ⦁ Rotineiro e Líder assistencial da Savie na enfermaria de Clínica Médica do Hospital Santa Helena, Rede D’Or, Brasília-DF ⦁ Plantonista do Centro Neurocardiovascular, Instituto Hospital de Base do Distrito Federal.
Referências bibliográficas:
- Agarwal R, Sinha AD, Cramer AE, et al. Chlorthalidone for Hypertension in Advanced Chronic Kidney Disease. N Engl J Med 2021;385:2507-19. doi: 10.1056/NEJMoa2110730
- Ravioli S, et al. Risk of Electrolyte Disorders, Syncope, and Falls in Patients Taking Thiazide Diuretics: Results of a Cross-Sectional Study. Am J Med. 2021; 134(9):1148-1154. doi: 10.1016/j.amjmed.2021.04.007
do Portal PEBMED:
7 dias grátis com o WhitebookAplicativo feito para você, médico, desenhado para trazer segurança e objetividade à sua decisão clínica.
Acesso gratuito ao NursebookAcesse informações fundamentais para o seu dia a dia como anamnese, semiologia.
Acesso gratuito FórumEspaço destinado à troca de experiências e comentários construtivos a respeito de temas relacionados à Medicina e à Saúde.
Acesso ilimitadoTenha acesso a noticias, estudos, atualizacoes e mais conteúdos escritos e revisados por especialistas
Teste seus conhecimentosResponda nossos quizes e estude de forma simples e divertida
Conteúdos personalizadosReceba por email estudos, atualizações, novas condutas e outros conteúdos segmentados por especialidades
O Portal PEBMED é destinado para médicos e demais profissionais de saúde. Nossos conteúdos informam panoramas recentes da medicina.
Caso tenha interesse em divulgar seu currículo na internet, se conectar com pacientes e aumentar seus diferenciais, crie um perfil gratuito no AgendarConsulta, o site parceiro da PEBMED.
Caso tenha interesse em mais conteúdos e cursos voltados para residência médica, conheça a Medcel, o site parceiro da PEBMED
Fonte/Referência: https://pebmed.com.br/uso-de-clortalidona-para-tratar-hipertensao-em-pacientes-com-doenca-renal-cronica-avancada/