Spotify remove 113 episódios do podcast de Rogan após denúncias de desinformação sobre a Covid-19
05 de fevereiro de 2022 65
Atualização (05/02/22) – DJ
Nas últimas semanas, temos visto que o Spotify entrou no olho do furacão com a reclamação de dois artistas (Neil Young e Joni Mitchell, respectivamente) quanto a disponibilização do podcast “The Joe Rogan Experience” que entrega desinformação relacionada a pandemia de Covid-19.
Com a polêmica, o Spotify começou a exibir alertas em podcasts quando ocorresse discussão sobre a pandemia após grande impacto no seu valor de mercado, algo que, ao menos aparentemente não será a única movimentação do streaming de músicas mais popular do mercado.
Segundo o site JRE Missing, atualmente o Spotify removeu 113 episódios do podcast de Joe Rogan da plataforma, incluindo alguns que continham falas racistas do podcaster.
Rogan, responsável por toda a polêmica dos últimos dias, fez uma mea-culpa em sua conta oficial no Instagram, reconhecendo que errou ao se expressar nos episódios, alegando desconhecimento quanto ao teor racista de suas falas.
“Não há nada que eu possa fazer para voltar atrás. Eu gostaria de poder. Obviamente, isso não é possível” e continua, “Eu certamente não estava tentando ser racista, e eu certamente nunca iria querer ofender alguém por entretenimento com algo tão estúpido quanto racismo.”
Por enquanto, o Spotify ainda não se pronunciou quanto a “faxina” recentemente iniciada no podcast de Joe Rogan mas, considerando que o número de episódios vem diminuindo segundo o JRE Missing, é possível imaginar que a equipe está trabalhando para identificar e remover todos os episódios que contam com alguma violação aos termos.
Atualização (31/01/22) – JB
Spotify deve colocar aviso de conteúdo em podcasts após perder bilhões com saída de artistas
Após um fim de semana problemático, o Spotify anunciou algumas medidas para lidar com podcasts que falam sobre pandemia e vacinas. Em um comunicado divulgado neste domingo, o CEO da plataforma, Daniel Ek, tenta reposicionar a empresa após a saída de Neil Young e Joni Mitchell.
De acordo com o executivo, o Spotify agora adicionará avisos de conteúdo em todos os podcasts que falam sobre Covid-19 para que os usuários decidam se querem ouvir. O aviso também deve vincular o conteúdo a uma página da própria plataforma onde informações confiáveis serão disponibilizadas.
Estamos trabalhando para adicionar um aviso de conteúdo a qualquer episódio de podcast que inclua uma discussão sobre o COVID-19. Este aviso direcionará os ouvintes ao nosso hub dedicado a COVID-19, um recurso que fornece acesso fácil a fatos baseados em dados, informações atualizadas compartilhadas por cientistas, médicos, acadêmicos e autoridades de saúde pública em todo o mundo, bem como links para fontes confiáveis. Esse novo esforço para combater a desinformação será lançado em países ao redor do mundo nos próximos dias. Até onde sabemos, este aviso de conteúdo é o primeiro desse tipo de uma grande plataforma de podcast.
Além disso, Daniel ressaltou que o Spotify deve conversar com todos os criadores de podcasts para que eles respeitem as diretrizes da plataforma. Por enquanto, nada foi informado sobre a exclusão de conteúdo antivacina.
Além dos artistas, diversos usuários da plataforma começaram a cancelar suas assinaturas nos Estados Unidos e Europa. Como consequência, o Spotify já perdeu US$ 4 bilhões em valor de mercado.
Música20 Jan
Música10 Jan
Atualização (30/1/2022) – HA
Joni Mitchell diz que sairá do Spotify, seguindo Neil Young no repúdio a podcast antivacina
Na última sexta (28), a cantor americana Joni Mitchell publicou uma breve nota em seu site, afirmando que vai retirar o seu catálogo musical do Spotify, seguindo atitude do músico Neil Young, que repudiou a permanência do podcast “The Joe Rogan Experience” na plataforma, que sustenta fake news sobre a pandemia de Covid-19.
“Decidi remover todas as minhas músicas do Spotify. Pessoas irresponsáveis estão espalhando mentiras que estão custando a vida das pessoas. Sou solidária com Neil Young e as comunidades científicas e médicas globais nesta questão”, afirmou.
Mitchell, autora de sucessos como “Big Yellow Taxi” e “A Case of You”, soma cerca de 4 milhões de ouvintes mensais no Spotify e, até a publicação desta reportagem, suas músicas seguem disponíveis na plataforma. As de Young foram removidas, ainda que ainda seja possível acessar o seu perfil e ouvir alguns de seus maiores sucessos, embutidos em alguns álbuns de trilhas sonoras.
Entre os impactos dessa debandada — à parte a provocação da Apple Music para o Spotify —, usuários se movem nas redes sociais promovendo a saída da plataforma, e a as ações da empresa seguiram em queda, perdendo até US$ 4 bilhões em valor de mercado. Correm rumores ainda de que a banda Foo Fighters planeja tomar uma atitude semelhante à de Young e Mitchell.
Música20 Jan
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O Spotify disse já ter removido mais de 20 mil episódios com fake news sobre Covid desde o início da pandemia. Ainda assim, o programa que provocou a polêmica — publicado em 31 de dezembro, uma entrevista com o médico Robert Malone, negacionista que já protagonizou diversos vídeos virais — segue na plataforma.
Afinal, o streaming tem um contrato de exclusividade no valor de US$ 100 milhões com Joe Rogan desde maio de 2020. O episódio em questão, porém, já foi removido de plataformas como o YouTube.
Atualização (28/01/22) – JB
O Apple Music resolveu cortejar o cantor e compositor Neil Young após ele brigar com o Spotify e ter suas músicas removidas do concorrente. A novidade surgiu ainda ontem, sendo que a plataforma de streaming colocou o músico em destaque na sua página incial.
Além disso, o Apple Music agora se intitula “a casa de Neil Young”, disponibilizando uma série de playlists e músicas exclusivas do cantor. Outro detalhe que chamou a atenção é que a plataforma também enviou notificação push para quem já ouviu alguma faixa do artista.
Claro que essa é apenas uma maneira que o Apple Music encontrou de provocar o Spotify, uma vez que Neil Young até tem seus fãs, mas não chega a abrangência de uma Adele ou do The Killers, por exemplo.
Cabe lembrar que Neil Young confrontou e resolveu abandonar o Spotify após a plataforma permitir que um podcast com comentários antivacina continuasse no ar. Por enquanto, o artista não foi seguido por outras estrelas do mundo da música.
Música20 Jan
Economia e mercado27 Dez
Texto original (27/01/22)
Músico Neil Young sai do Spotify após streaming não banir podcast antivacina
Desde o início desta semana, o célebre cantor e compositor de rock, Neil Young, estava ameaçando sair do Spotify caso a plataforma não excluísse um episódio do “The Joe Rogan Experience”, um dos podcast mais bem avaliados da plataforma, mas que, segundo ele, estava compartilhando desinformação sobre a Covid-19.
Primeiro, publicou em seu site uma carta bem clara, dizendo que o streaming deveria escolher entre ele e o programa. O texto posteriormente foi apagado, e na terça (25) ele se manifestou em outra carta pública, chamando o streaming de “lar da desinformação sobre Covid que coloca vidas em risco”, além de ter “mentiras sendo vendidas por dinheiro”. Pois, na última quarta (26), o Spotify fez sua escolha e começou a remover as músicas de Young da plataforma, cumprindo a exigência do cantor.
O serviço confirmou a decisão a diversos veículos de mídia internacional, como o The Hollywood Reporter, com a seguinte declaração:
“Queremos que todo o conteúdo de música e áudio do mundo esteja disponível para os usuários do Spotify. Com isso vem uma grande responsabilidade em equilibrar a segurança para os ouvintes e a liberdade para os criadores. Implementamos políticas de conteúdo detalhadas e removemos mais de 20.000 episódios de podcast relacionados ao COVID desde o início da pandemia. Lamentamos a decisão de Neil de remover sua música do Spotify, mas esperamos recebê-lo de volta em breve.”
Música20 Jan
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Até a publicação desta nota, ainda é possível acessar a página do artista na plataforma e ouvir algumas das músicas que se encontram nas mais tocadas, em playlists e afins, ainda que, na lista da discografia, se encontrem apenas dois discos. Já outros trabalhos, como seu último lançamento, “Barn”, estão completamente inacessíveis.
Ao longo das próximas horas ou dias o processo deve ser finalizado. Young disse que o Spotify representava 60% de sua receita de streaming global, o que representava “uma enorme perda para sua gravadora”, mas que manteve a decisão pois “não poderia continuar a apoiar a desinformação do Spotify que ameaça a vida do público amante da música”.
Em 2015, ainda nos primórdios do streaming, Young tinha decidido remover seu catálogo de plataformas após reclamar da qualidade dos serviços.
E você, o que achou da postura do músico? Deixe seu comentário!
Fonte/Referência: https://www.tudocelular.com/seguranca/noticias/n185462/musico-neil-young-sai-do-spotify-apos-protestar-contra-podcast-antivacina.html