A temporada de cruzeiros no Brasil fechou o primeiro mês com mais de 50 mil viajantes. A expectativa é que 360 mil pessoas conheçam um dos 106 roteiros oferecidos até maio do próximo ano.
Retomada após 20 meses de paralisação, a temporada deve movimentar R$ 1,7 bilhão na economia brasileira, com a geração de R$ 330 milhões em impostos e 24 mil empregos diretos e indiretos, segundo a Associação Brasileira de Cruzeiros Marítimos (Clia Brasil).
O fluxo já altera os cenários dos píeres pelo país. O Rio de Janeiro, por exemplo, recebe nesta segunda-feira (13) um navio com 2.835 pessoas, que vão passar o dia na cidade. O veículo saiu de Santos, no litoral paulista, e parte no período da noite para Itajaí, em Santa Catarina.
Somente a capital fluminense deve receber 165 mil passageiros na temporada, com uma movimentação de mais de R$ 250 milhões. A retomada acontece com números bem mais modestos do que no período anterior à pandemia. Entre 2019 e 2020, 357 mil pessoas passaram pela cidade do Rio. Para o período entre 2020 e 2021, a expectativa era de 400 mil pessoas, frustrada pela pandemia de Covid-19.
Diante da notícia de uma nova variante no país, com dez casos confirmados da Ômicron, os cruzeiros tentam se cercar de cuidados para evitar novas paralisações. Por determinação da Anvisa, os navios só podem circular com 75% da capacidade, testagem diária de 10% dos passageiros e comunicação diária sobre a situação de saúde a bordo.
Diferente da discussão sobre o passaporte da vacina para aeroportos, que teve um novo capítulo com a determinação do STF pela exigência para quem chega ao país, os cruzeiros já circulam com a obrigatoriedade do comprovante.
O presidente da Associação Brasileira de Cruzeiros Marítimos, Marco Ferraz, disse que é impossível ter a garantia completa de que a nova variante não infectará algum viajante, mas destacou que os protocolos da Anvisa são muito rígidos e a possibilidade de infecção é mínima nos navios.
“Todos os espaços dos navios foram redimensionados para atender as novas necessidades, como o distanciamento de 1,5 metro. Passamos pela Beta, Delta e agora a Ômicron e todos os protocolos minimizam a possibilidade de qualquer infecção. Claro que é impossível ter 100% de garantia, mas a chance é mínima”, afirmou.
*Com informações de Mylena Guedes
Fonte/Referência: https://mixrondonia.com/temporada-de-cruzeiros-deve-movimentar-r-17-bilhao-no-brasil/