«Mais longe e mais alto» é uma rubrica do Maisfutebol que olha para atletas e modalidades além do futebol. Histórias de esforço, superação, de sucessos e dificuldades.
José Augusto Oliveira de Sousa. Ou apenas José de Sousa. Tem 47 anos é o principal nome português nos dardos. Há três anos, conseguiu o cartão de jogador da Professional Darts Corporation [PDC], a organização do Reino Unido que integra a nata dos dardos. Foi o mote para dedicar-se só ao jogo e para vitórias históricas. O ribatejano tornou-se, em 2020, em Coventry, no primeiro estreante a vencer o Grand Slam de dardos. Em 2021, foi escolhido para a restrita competição da Premier League de dardos: sagrou-se vice-campeão.
Entre outras vitórias e prémios, o «Special One» dos dardos que nutre admiração por José Mourinho disparou no ranking e ocupa atualmente o sétimo lugar da Ordem de Mérito da PDC e o segundo na tabela ProTour. Mas há muito mais para lá das setas.
Crescido no meio de uma quinta de produção de alimentos e criação de animais, José emigrou cedo, logo após um primeiro contacto ocasional com as setas, à boleia de amigos. Perdeu o pai aos nove anos, trabalhou como carpinteiro e passou por vários países até estabelecer-se em Espanha. Ali conheceu a atual companheira e também o dono de um bar que foi decisivo na sua ascensão nos dardos, mas que foi também apanhado no negócio da droga.
Uma entrevista que foi até aos 180 pontos e deu uma volta de 360 graus. Os dardos como ponto de partida e chegada.
Maisfutebol (MF) – Comecemos pela atualidade. Ainda tem atravessada a eliminação nos 16 avos do Mundial com o Alan Soutar em dezembro? Não foi desta que chegou aos oitavos…
José de Sousa (JdS) – Fiquei com um amargo de boca. À partida, era um duelo que devia ter sido um pouco mais fácil de ganhar. É a segunda vez que chego aos 32 primeiros. Não é mau, mas esperamos sempre mais. É ver se para o ano consigo melhor.
MF – Vem aí o Masters da PDC este fim-de-semana. Qual é o objetivo?
JdS – Eu entro na segunda ronda. O objetivo é ganhar a primeira partida. A partir daí, se conseguir ganhar, é sempre a atirar para a frente.
MF – Que outras metas e objetivos tem para 2022?
JdS – Tentar um jogo mais sólido. O ano passado não foi um mau ano para mim. Espero que este ano seja igual ou melhor. Se já for igual, fico contente.
MF – Uma curiosidade: fala connosco a partir do carro. Em que situação o apanhamos?
JdS – Atualmente, também temos preocupações como a contabilidade. Eu faço dupla contabilidade, em Inglaterra e Espanha, para não ter problemas com a autoridade. Estava a acabar de dar todos os recibos e faturas ao meu gestor, para que tudo vá sobre rodas (risos). Para que não tenha nenhum percalço no futuro.
MF – Isto dos dardos também é caro para andar na elite mundial…
JdS – 85 por cento dos jogadores têm representante. O trabalho do representante é pagar viagens, hotéis, inscrições, deslocação do hotel para o campeonato. Essas coisas. Por isso levam uma percentagem dos prémios. É uma forma de ganharem a vida.
MF – Mas no início essa parte foi complicada para si, não?
JdS – Quando eu comecei, não foi da maneira mais fácil. Comecei a perder fim-de-semana atrás de fim-de-semana e é duro. Cada fim-de-semana são mil euros, só para dois dias ou duas partidas. Depois sim, tive – e se calhar vai perguntar-me isso – ajuda do Kiko Hernández. Ele pagava-me 50 por cento dos gastos. Foi mais fácil.
MF – Sim, ia perguntar-lhe sobre o Kiko. Ele tinha um bar em Vallecas [Madrid] e 16 equipas a jogar dardos lá. O José já falou disso no passado, mas ainda assim, nunca desconfiou que ele pudesse estar também envolvido em negócios de droga?
JdS – Nunca desconfiámos, porque a relação que tínhamos com o Kiko era a de um desporto que todos os jogadores gostam. A vida do Kiko, além do bar, não conhecíamos. Eu sabia que ele vendia e comprava carros de alta gama, mas a partir daí nada sabia. Quando a notícia veio à luz, fiquei surpreendido [ndr: Kiko foi detido por tráfico de droga em 2020]. Ele sempre se portou bem com todos. Acompanhava-nos à maioria dos campeonatos. Apanhou-nos de surpresa.
MF – Sobre o início do profissionalismo. O que é que o levou a dedicar-se só às setas?
JdS – As pessoas mais chegadas, amigos e jogadores, perguntavam porque é que eu não tentava o Tour Card, o cartão da PDC, para jogar o circuito. Nunca tive possibilidade, porque é caro jogar a Qualifying School [ndr: torneio para aceder ao cartão de profissional da PDC]. E claro: sem trabalho, viver dos dardos em máquina não foi fácil. O Kiko ajudou-me, graças a ele estou onde estou, pude ir à Alemanha e conseguir o cartão de jogador. Foi em 2019, em janeiro. Depois veio a parte mais difícil: viajar, gastos e tive a sorte de ter uma ajudinha do Kiko, até que assinei contrato com o meu representante.
MF – O que fazia antes de ser profissional de dardos?
JdS – Trabalhei como carpinteiro de cofragem, ainda que eu fosse carpinteiro de limpos. No último ano, estive como montador de cozinhas. Mas chegou uma altura em que tive de falar com o meu patrão. Ele incentivou-me a que eu fosse à PDC. É um amigo. Falei com ele, disse-lhe que não podia continuar a trabalhar e dei-lhe tempo para encontrar outra pessoa para o meu lugar. Foi quando tomei a decisão de dedicar-me a 100 por cento às setas. Um risco grande, porque se as coisas não saem bem, estás lixado como dizem aí (risos). Mas saíram.
MF – E agora, na elite, como é também a rivalidade e o ambiente com os outros jogadores?
JdS – Cada jogador tem o seu grupo e costumam sentar-se na mesma mesa, porque são do mesmo representante. Na hora de treinar ou aquecer, estamos todos bem. Dou-me bem com todos, 95 por cento dos jogadores levam-se bastante bem. É um ambiente quase de família.
MF – Em jeito de brincadeira: sente-se ali um Ronaldo dos dardos num desporto tipicamente britânico?
JdS – (Risos). Sim. Olhe, fazer o que eu fiz… até eu estou um bocadinho surpreendido. Esperava fazer alguma coisa na PDC, mas não chegar tão longe. De certa forma, sinto-me como o Ronaldo das setas. Na verdade, sim. Como o «The Special One» (risos).
MF – Exatamente: a sua alcunha, que é a do Mourinho.
JdS – Sim, sempre foi um bom treinador, até mandou uma mensagem [ndr: quando ganhou o Grand Slam em 2020]. Fiquei emocionado. Uma pessoa tão importante no futebol a mandar-te uma mensagem de ânimo e de felicitação… é bom.
MF – A propósito da vitória no Grand Slam e de outras prestações: sente que isso teve impacto para, em Portugal, olhar-se de outra forma para os dardos?
JdS – Eu creio que fiz ver, não só aos jogadores mas também às associações de setas em Portugal, que tudo é possível. Se consegui, outros também podem. As associações juntaram-se para fazer a Federação Portuguesa de Dardos e estão a tentar encontrar formas ou ajudas para levar jogadores a campeonatos internacionais. É importante. Temos grandíssimos jogadores em Portugal.
MF – Ainda assim, entende que a mentalidade em Portugal sobre as setas é ainda, de certo modo, sobre ser um jogo de café ou de salão de máquinas?
JdS – Já não é tanto. Mas há trabalho a fazer. As pessoas têm de ver que isto é um desporto como outro qualquer e não é só um jogo de bar. Há campeonatos sérios, como jogar na PDC. É um desporto e há que ajudar os desportistas, como os jogadores de setas, a tentar chegar mais além. Há pessoas que, infelizmente, pensam que isto é só um jogo de bêbados e não é. Nós vamos a um campeonato para fazer amigos e para dar o nosso melhor num jogo.
MF – E o que é preciso para Portugal ter mais ‘Josés de Sousa’?
JdS – Dedicação e tempo. A maioria dos jogadores trabalha e é difícil conciliar trabalho com tempo livre e mais difícil é quando tens família e filhos. Mas para ter outro «The Special One» em Portugal faz falta muita dedicação às setas.
MF – Agora que se dedica só a isso, como é o dia-a-dia? O treino?
JdS – Normalmente acordo às 8h00, 8h30. A partir das 9h, 9h e pouco, faço três horas de treino durante a manhã. À tarde, duas horas. À volta de cinco horas diárias.
MF – E o tipo de treino?
JdS – Eu só faço braço e tiro aos triplos. Não faço nenhum jogo concreto. Treino o sentir a seta no momento em que atiro ao alvo. É o que tento fazer, porque quanto mais sentires a seta, melhor jogas. E o mental: às vezes ponho a música alta em casa para jogar.
MF – Isso do sentir a seta… não pode ser uma qualquer, não é?
JdS – Depende da forma de atirar de cada um. Eu, por exemplo, jogo com uma seta reta, sem formas. Tens de eleger um perfil que se adapta à tua forma de atirar. Eu tenho um perfil bastante agressivo nos meus dardos. É atirar e ver a forma como sentes o dardo, como soltas. Quando mais sentes o dardo, melhor atiras. Às vezes não é tanto sentir, é mais o modelo…
MF – Também há contas a fazer em jogo. Precisar de um triplo 20 a dada altura, ou um duplo 14 para fechar… isto da matemática já o traiu?
JdS – Sim, mas é por uma questão simples. Às vezes estou tão no jogo e vejo, por exemplo, 70. Nem tenho de pensar: já sei que é triplo 18 e duplo de oito. E às vezes a minha cabeça manda-me a outro lado e tiro, por exemplo, triplo 18 e duplo 12 e rebento ou passo da pontuação. Mas é porque estou tão concentrado que às vezes a cabeça não dá bem conta. É um problema que tenho, há vezes em que pode afetar-me e outras quase passa despercebido.
MF – A concentração e não estar nervoso também contam.
JdS – Sim. Se têm reparado, ultimamente já paro um bocadinho. Vejo a pontuação que faz falta para terminar, para não cometer erros. Às vezes, também me engano em casa, mas pratico isso: os fechos.
MF – Dá-lhe algum gozo especial fazer uma jogada de 180 [três triplos 20 na mesma jogada]?
JdS – Sim. Eu fui o jogador que mais 180’s fez no ano passado, na Premier League bati o recorde de 180’s: fiz 96. O público, quando eu meto um triplo 20, fica um bocadinho excitado, porque sabe que meto as outras duas setas no triplo 20 e é uma festa.
MF – Recuando agora aos inícios. Quando é que teve o primeiro contacto com os dardos?
JdS – Eu comecei com um grupo de amigos. Fazíamos quase tudo juntos: ir à discoteca, pescar… E eles um dia disseram: “há uma máquina de setas na Golegã e vamos lá fazer uns jogos”. E eu: “setas, o que é isso?”. Fui com eles. Foi a partir daí. Todos os fins-de-semana. A partir daí foi sempre mais e mais. Mesmo quando fui para o estrangeiro, as setas foram sempre comigo.
MF – Nessa altura mal pensava chegar ao que chegou…
JdS – Quando eu comecei, nem sabia que havia campeonato nacional. Nada sabia das setas.
MF – Com que idade começou a jogar com os amigos?
JdS – 20 anos.
MF – É mais ou menos por essa altura que emigra para a Alemanha, em 1994.
JdS – Sim. Precisamente. Depois de fazer a vida militar na marinha, viajei para a Alemanha, para fora de Portugal pela primeira vez, para trabalhar.
MF – À procura de uma vida melhor?
JdS – Exatamente. Portugal teve sempre altos e baixos no trabalho. Nessa altura eu tive oportunidade de ir para o estrangeiro e de tentar melhorar a minha vida.
MF – E já foi para trabalhar na carpintaria?
JdS – Um senhor na minha aldeia juntou quatro ou cinco pessoas, mais alguns depois. Fomos contratados por uma empresa de Lisboa. Na Alemanha havia muito trabalho na construção e comecei a fazer muitas horas extra, a trabalhar na madeira, para portas e janelas. Viram que eu trabalhava bem, subiram-me de posto e dei um salto na vida. Depois vim para Portugal outra vez. As coisas não correram bem e fui para Itália, de Itália para França e de França para Espanha. Desde 2003 que estou em Espanha.
MF – O que motivou tantas mudanças?
JdS – Dependia da necessidade de ter os trabalhadores mais num lado ou noutro, das obras. Mudaram-me três vezes e fiquei em Espanha.
MF – Como se estabeleceu em Espanha em definitivo?
JdS – Fui para Tarragona, perto de Barcelona. Estive muitos anos lá, até 2014. Em 2014 fui para Madrid. Estive cinco anos em Madrid sem trabalho. Já se estava mal com a crise e vi-me obrigado a jogar às setas, a treinar em casa e a começar a ir aos campeonatos e a ganhar para poder sobreviver. Conheci a minha atual mulher, que me apoia, vai comigo a todo o lado sempre que pode. Agora, faz um ano que vim para Ávila [ndr: província entre Salamanca e Madrid]. Comprei uma casa e restaurei-a.
MF – Em Madrid só viveu das setas?
JdS – Se queres ganhar a vida a jogar setas, ou ganhas quase sempre, ou é impossível. Eu não sei se tenho dom ou sorte, mas aos campeonatos que ia, ganhava. No último ano antes de entrar na PDC, em 62 finais a nível nacional e internacional ganhei 54. Isso deu-me vantagem para dar o salto à PDC.
MF – O José nasce na Azambuja e depois é criado em Vale dos Cavalos, na Chamusca, antes de emigrar. Que memórias guarda da sua infância e juventude?
JdS – Do que mais sinto falta é de sair da escola, fazer os trabalhos de casa depressa e ir brincar com os amigos. Aos índios. Aos cowboys. Às escondidas. Naquele tempo ainda não havia os videojogos que há agora e tínhamos mais tempo para nós. Foram anos maravilhosos.
MF – Além das mudanças, também foi uma altura dura. Perdeu o seu pai.
JdS – Não foi difícil [ndr: pelas mudanças] e, ao mesmo tempo sim, quando perdi o meu pai. Vivíamos na Azambuja e da Azambuja fomos viver para uma quinta na Chamusca. O meu pai, infelizmente, começou a ser alcoólico e a minha mãe cuidou de nós e do meu pai. Ela trabalhava na quinta. Plantava todo o tipo de alimentos: cenouras, alfaces, couves, batatas, além de colher a azeitona para o azeite, não só para nós, mas também para os patrões. E cuidava dos animais. Quem vive numa quinta é como ter um bar: é trabalhar dia e noite e quase não ter férias. Era a vida da gente, principalmente da minha mãe. De vez em quando, mesmo pequenos, tentávamos sempre ajudá-la. O meu pai teve depois uma cirrose grave e foi a principal causa da morte. Foram momentos duros.
MF – Falou no plural: tinha ou tem irmãos?
JdS – Tinha outro irmão, que agora vive nos Países Baixos e é dois anos mais velho do que eu.
MF – Agora vive em Espanha, mas costuma jogar em Inglaterra. Quanto tempo passa lá?
JdS – Na época passada, estive dois meses seguidos sem vir a casa. Tínhamos campeonatos seguidos, para não estar sempre a viajar e para evitar o máximo de contactos com outras pessoas. Por exemplo, em Milton Keynes, no estádio de futebol há umas grandes salas e hotel. Então ficávamos no hotel, não podíamos sair e jogávamos ali quatro dias seguidos. Depois viajava desse hotel para outro sítio para jogar mais quatro a cinco dias.
MF – Chegou a ter provas sem público.
JdS – Sim, no ano passado, até quase ao final da Premier League não tínhamos.
MF – Nada a ver, portanto.
JdS – Totalmente diferente. Prefiro jogar com público, mais agora que tenho fãs e a puxar por mim. É bonito, como em todos os desportos.
MF – Que ligação mantém à família, amigos e ao panorama das setas em Portugal?
JdS – Atualmente montaram uma escola de setas com o meu nome para ajudar todos os jogadores que queiram começar ou participar. Para, quem sabe, ver se sai daí algum campeão do mundo. Quem toma conta da escola é o David Matos. Quando as associações me pedem alguma coisa, estou sempre disposto a dar toda a informação possível. Não posso ajudar fisicamente, mas ao longe estou disponível a ajudar.
MF – Até quando pensa jogar?
JdS – Vou tentar levar os dardos até de muletas ou bengala (risos). Desde que eu possa estar de pé, vou jogar sempre. Até que as forças me acompanhem.
MF – Pensa voltar em definitivo a Portugal?
JdS – De momento não tenho pensado. Vou muitas vezes a Portugal, tanto de férias como num escape para ver a família ou estar com alguns amigos, mas de momento não penso voltar.
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Fonte/Referência: https://maisfutebol.iol.pt/mais-longe-e-mais-alto/jose-de-sousa/o-special-one-dos-dardos-vou-tentar-jogar-ate-ter-muletas-ou-bengala